quarta-feira, maio 07, 2008

Nobelizem-no, carago!


Na pátria onde todos enchem a barriga de Camões Eurico A. Cebolo é um escritor ignorado, marginalizado e ridicularizado pelos seus pares, porém não menos épico e profundo que o centenário bardo oficial do regime. A sua genial obra literária reflecte a sociedade portuguesa composta por um povo atrasado, mas tarado. Um nobre e lascivo povo que salta para a espinha de tudo o que respire..., ou não.

O Violador das Mortas
o amor de um cego por uma jovem desfigurada.
Um cemitério onde um necrófilo profanava os túmulos
para violar as mortas.


Um povo de gente que não olha a meios nem para o B.I. de ninguém quando se trata de saciar a sua fome de sexo.


A Prostituta Virgem
Natália foi difamada publicamente e o seu pai,acusado
pela morte do sogro, morre assassinado à sacholada.


Gente que, qual bulldozer, tudo arrasta à sua frente num tsunami de penetrações que, consequentemente, tudo destrói, todos traumatiza, todos escandaliza e boquiaberta. Um povo que nem os olhos das suas crianças tapa, poupando-as à ignomínia.

O Falo Perdido
Miguel e Damião amavam-se como irmãos
e cresceram juntos numa quinta
onde um criado os levou a práticas sexuais aberrantes.


Não! Isto aqui não é o país de Freud! As nossas caves são demasiado preciosas para serem ocupadas durante décadas com família ociosa e mal-agradecida, por muito abertas que sejam as suas pernas.
As nossas caves são garagens, são adega, são armazém de caixas de DVD, LCD e resmas de revistas Gina.

Incesto sem Pecado
Duas crianças, trocadas ao nascer, vivem no mesmo palacete
onde a rica ocupou a posição da pobre,
de quem passa a ser criada, enquanto a pobre
tomou o lugar da rica que odeia e maltrata.


Não! Em Portugal tudo tem de ser feito à luz do dia, às escâncaras, de preferência com alguém a ver para contar como foi, descrevendo minuciosamente os sumarentos feitos em debochada prosa.


Matavam as Freiras Grávidas
A irmã Teresa, a freira mais linda do Convento das Cristianaas
descobriu que ali havia um terrível mistério
.



Cada livro do genial Cebolo, capa e edição de autor, custa a módica quantia de 7.98 €, o mesmo preço de um "beijinho" dado por uma qualquer puta das muitas esquinas deste belo país e bem menos que uma volta ao mundo na inflacionada mata de Coina.