terça-feira, outubro 05, 2010

Cínico de Outubro III

100 anos após a Implantação da República, monárquicos, republicanos e indiferentes apenas concordam num único ponto: a República tem um bom par de mamas.
O substantivo abstrato "implantação", no entanto, deixa pendente a suspeição de esse bom par de mamas ser um implante.

segunda-feira, julho 05, 2010

Evolucionismo versus Criacionismo






Uma das provas mais evidentes de que o Evolucionismo é mais plausível que o
Criacionismo, é que entre o Adão e o John Holmes houve uma grande evolução.


domingo, junho 20, 2010

saramago 1922 - 2010





vão-se-nos os saramagos
ficam-nos os cavacos

quarta-feira, maio 12, 2010

Fatilidade

Fátima e Futebol: o nosso Fado


quinta-feira, abril 29, 2010

Sorrisos grátis


- Se esta criatura fosse juiz você aceitaria as suas decisões?
- Se esta criatura fosse cientista você acreditaria no resultado das suas investigações?
- Se esta criatura fosse governante você acataria as suas políticas económicas?
-Se esta criatura fosse cirurgião você acederia em ser operado por ela?


Se as respostas forem sim,
aceite então o que esta outra criatura tem a comunicar-lhe sobre espiritualidade.


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Criatura sorridente de chapéu ridículo e farpela vistosa, acenando com uma mão
e segurando um engodo com a outra, atrás de arbustos e sem pintura facial :
Joseph Alois Ratzinger - Papa

Criatura sorridente de chapéu ridículo e farpela vistosa, acenando com uma mão
e segurando um engodo com a outra, atrás de arbustos e com pintura facial :
John Wayne Gacy - Palhaço

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segunda-feira, abril 12, 2010

O meu amor é Verdi









Mezzanotte! - Ah, che veggio? una testa
Di sotterra si leva . . . e sospira!
Ha negli occhi il baleno dell'ira
E m'affisa e terribile sta!


aaaaaaAhhhhhhaaaaaahaaAAAhaaaaAAhhh!!!



E m'affisa e terribile sta.
Deh! mi reggi, m'aita, o Signor,
Miserere d'un povero cor!

-o-o-O-o-o

Mais aqui: nataliadeandrade.tk

sábado, abril 10, 2010

História de Portugal


“O rei D.João VI era masturbado pelo seu favorito, o Tenente General Francisco Rufino”.
"D.João VI era definido como: gordo, feio, devorador de franguinhos, covarde e "corno manso"".

"Alem de D.João VI e do seu favorito, o Tenente Coronel Francisco Rufino, o seu Ministro dos Negócios, Marinha e dos Domínios Ultramarinos, o 5º Conde de Galveas, João de Almeida de Melo e Castro era apelidado depreciativamente de “Dr.Pastorinhas” por D.Carlota Joaquina, sua concorrente na disputa dos serviços sexuais de “brejeiros e vagabundos” do porto do Rio de Janeiro".

"Duas mulheres da Corte Joanina são apontadas como lésbicas nas principais colectâneas internacionais dedicadas ao amor sáfico: a Imperatriz Leopoldina e sua dama de companhia, a inglesa Maria Graham. A imperatriz era retratada pelos biógrafos como possuidora de aparência masculina e hábitos varonis".



Se os programas escolares salientassem estes assuntos e se os estudantes portugueses fossem obrigados a meter na carola datas significativas como, por exemplo, o ano em que D. João VI experimentou o seu primeiro fist fucking ou quais doenças venéreas e quantas infestações de chatos Dona Carlota Joaquina apanhou porque metia na sua cama "brejeiros e vagabundos", o insucesso escolar decresceria significativamente. Seríamos um país de pessoas interessadas e cultas.

Assim, é o que se vê.


quarta-feira, janeiro 06, 2010

sábado, abril 11, 2009

sexta-feira, fevereiro 20, 2009

Lisboa, cidade fálica

LISBOA MENINA E MOCAS

Pila da Liberdade ao cimo do Parque Eduardo VII
É o mais conhecido falo de Lisboa, e todos compreendem o seu simbolismo, mas a cidade está, toda ela, pejada de falos que nada tentam simbolizar.


Campo das Cebolas, que não dos Tomates, frente à Casa dos Bicos:
um, entre vários, de tamanho descomunal.

Lisboa está furada por milhares de pilaretes.
(o nome diz tudo)

Na Praça do Martim Moniz há-os de todos os tamanhos:
africanos, chineses, indianos...

Estação do Rossio
O clássico falo XXXL com nó manuelino na ponta a ornamentar diversas janelas da estação.
Há quem os confunda com cordas.
São, na realidade, compridos falos com os quais se pode saltar à corda.

sábado, fevereiro 14, 2009

Dia dos namorados (de pernas pró ar)

Clara e Benito
Um titânico romance.
A paixão pelas emoções fortes, radicais.
Felizes para sempre até que a morte os separou.
Tudo está bem quando acaba bem.

segunda-feira, fevereiro 09, 2009

Urinol com Vista sobre a Cidade

Panorama de Lisboa
visto do Urinol dos Armazéns do Chiado

sábado, janeiro 24, 2009

terça-feira, novembro 25, 2008

"Ratzinger, der Dachshund"



De todas as estórias que me contavam quando eu era criança, a que mais me horripilava e
arrepanhava a minha pobre e pequenita alma, era uma adaptação muito livre da célebre historieta infantil "Ratzinger, der Dachshund" .
Enquanto me mantinha sentado em cima de sua forte e grossa perna, meu tio, um alemão que tinha imigrado para Portugal em finais de 1945, contava-me a pungente odisseia de Ratzinger, o enjeitado Dachshund, com o matreiro e premeditado intuito de me provocar aversão e ódio a palhaços, à religião, à política e aos alemães.
Conseguiu plenamente em relação aos palhaços.
Hoje sou um adulto que tem absoluto medo de palhaços.
Medo, mesmo.
MEDO!
Chego a chorar com o medo!
Felizmente não me cruzo com palhaços no dia-a-dia, mas a visão dos seus derivados, como os travestis, as drag queens, pessoas com máscaras de Carnaval, velhas demasiado pintadas e cardeais e bispos em traje cerimonial, provocam-me a mesma sensação de desconforto e pavor.

O meu tio, já velhote, contava-me também estórias perturbantes da 2ª Grande Guerra na perspectiva alemã. Contou-me, certa vez, olhando visivelmente comovido para dentro de meus olhos fixos nos seus, como o seu querido irmão, Fritz Apfelstrudel, tinha morrido em 1944 num campo de concentração NAZI.
Uma morte atroz, dolorosa e inadmissível:
Estava seu irmão, o 1º Cabo Fritz, de guarda numa torre de
vigia em Auschwitz, altas horas da noite, podre de bêbedo, quando, toldado pelo álcool, cantarolando com a voz entaramelada aquela velha cantiga da Marlene Dietrich "Ich bin von Kopf bis Fuß auf Liebe eingestellt", adormeceu e caiu da alta torre, agarrado à sua metralhadora, uma MG34, estatelando-se no chão.
Enquanto o ouvia com toda a atenção, os meus olhos brilhavam de emoção e mordia o lábio inferior para acalmar os nervos que a estória, contada com ridículos mas precisos pormenores, despoletava na minha fragilizada psique.
E era então, após se certificar do transtorno emocional que me
tinha causado, que o meu tio irrompia com uma tonitruante gargalhada.
Uma gargalhada demente e malsã. Em alemão.
E não explicava porque se ria desalmadamente depois de contar estória tão triste, deixando-me na dúvida se devia também rir, sorrir, ou fugir...

Hoje, na minha habitual sessão de meditação e regressão espiritual, fazendo uma desfragmentação da minha memória, ocorreu-me o desejo de ler "Ratzinger der Dachshund", a estória-mãe de todas as minhas angústias e pavores existenciais.
Fui ao Google, pesquisei, pesquisei e pesquisei e verifiquei que tal estória não existe. Foi inventada e improvisada.
Hurensohn!
O meu tio, hoje já falecido, usou-me como cobaia.
Os meus traumas são uma fraude, infundados, sem razão
de existir, mas a verdade é que permanece em mim um profundo medo de palhaços.
É uma fobia real e
permanente, identificada e estudada pela Psiquiatria e com o nome de coulrofobia.

http://www.phobialist.com


Corofobia - medo de dançar
Automisofobia - Medo de ficar sujo
Lissofobia - medo de ficar louco
Merintofobia - medo de ficar amarrado
Nosemafobia - medo de ficar doente
Logizomecanofobia - medo de computadores
Satanofobia - medo do Diabo
Triscaidecafobia - medo do número 13
Zeusofobia - medo de Deus ou deuses
etc.

Há centenas de interessantes e divertidas fobias.
Havendo tantas para escolher, tinha logo que me calhar na rifa a merda da coulrofobia!
Foda-se!

segunda-feira, novembro 24, 2008

Chegou o Inverno

Ainda não oficialmente, mas chegou o tempo de Inverno.
O mal do Inverno deste ano serão as calças e a estúpida moda de as trajar com a cintura descaída, a meia haste, expondo-nos as nádegas ao frio e transformando-nos o rego do cu num algeroz.

domingo, outubro 05, 2008

Cínico de Outubro - 3


Particular celebração do assassinato de Carlos I
assinalada através de grafito no monumento a José I
colocado na Praça do Comércio, Lisboa.

domingo, setembro 21, 2008

Em privado, na solidão




Tudo melhora, a vida sorri, o futuro alonga-se e os mais profundos temores atenuam-se ou dissipam-se na totalidade quando fechamos a porta de uma casa-de-banho e nela nos resguardamos do mundo.

Por isto mesmo há algo de inquietante na ideia de uma casa-de-banho ser partilhada, ainda que sequencialmente, por milhentos estranhos. Como a nossa noção de "estranhos" é muito lata e, na realidade, alguns estranhos são mesmo muito estranhos, causa ainda mais estranheza pensar "fazer sala" numa casa-de-banho pública. Seria suposto que a permanência no seu interior fosse reduzida ao tempo estritamente necessário. Mas não. Há quem nelas permaneça com uma caneta (por vezes bem grossa) na mão e se dedique a escrever os mais íntimos apelos e desabafos nas suas portas e paredes, outrora alvas e puras.
E para quê? Para quê massacrar quatro quintos dos nossos sensíveis sentidos permanecendo nesses exíguos cubículos a escrever aquelas inanidades? A maioria do que é escrito nas casas-de-banho é, assuma-se o trocadilho, uma merda!

Confesso ser um leitor crítico e pouco tolerante para com erros ortográficos e de sintaxe e para com a falta de conteúdo no que se escreve por aí, seja num jornal, num blogue ou num WC público. Por isso é sempre com um prazer extra que consigo apreciar boa literatura de casa-de-banho com mensagens que nos possam enriquecer culturalmente, divertir, educar e entreter.
Mas... onde encontrá-la?
Pois, de tão óbvio ninguém o deduz.
Ora, é nos museus, em bibliotecas, na Gulbenkian, Casa de Serralves, na Cinemateca...


Assim, por exemplo, no WC dos homens do Museu Colecção Berardo alguém escreveu a ocre, numa caligrafia firme e rectilínea:
"Sou cubista. Aprecio cus de todas as formas e cores. Tel. 96145XXXX" sendo, mais abaixo, ripostado por alguém que em forma de reprimenda gatafunhou:
"Pra um cubista um cubasta!"

Também o pungente e colorido apelo "Molha o pincel e pinta-me toda, ó Miró!" foi escrito na porta de uma das privadas do WC das senhoras neste Museu, certamente recorrendo à parafernália de canetas, pincéis e batons que uma mala de mulher sempre transporta.


É bem conhecida a licenciosidade dos cinéfilos. Habituados a ver em salas escuras todo o tipo de libertinagens é natural que não tenham tento na caneta quando escrevem nas paredes do WC da Cinemateca coisas como "Felato à Pasolini mesmo em contre-plongé".


Os melómanos não são mais comedidos no arrojo da sua mini-prosa. Eis alguns opus no recato das privadas da Casa da Música:
"Toco todos os instrumentos de sopro, com e sem batuta. Marca encontro. Tel. 93635XXXX". Enigmático...
E uma inconsequente e rebuscada figura de estilo: "Pra cada cu um flato, pra cada flauta um felato."

Que diferença das casas-de-banho das centrais de camionagem e das estações de serviço! O povo inculto e iletrado nem sabe o que perde por não ter a capacidade de tentar tornar erudito o acto mais baixo da existência humana. A de todos e cada um.

--oOo--

P.S. O texto e a imagem só aparentemente não se correlacionam. Na verdade, comecei a fabricar aquela imagem para ilustrar um post sobre livros e leitura, de como é bom ler, de como os livros são um companheiro para todas as solidões, de como eu gostaria de morrer num fim de tarde de Verão a ler numa cadeira de baloiço, com o livro a soltar-se das minhas mãos que, ao bater no chão, marcasse, com esse som, o meu ponto final...
Desmotivado porque o que tinha imaginado como interessante pareceu-me imbecil no "papel", desisti de insistir que fizesse algum sentido e interrompi a feitura da imagem.
O texto , por seu lado, também não corresponde ao que tinha programado escrever. Tinha previsto que fosse divertido e irónico, mas tornou-se moralista e absurdo. Nem sequer consegui inventar frases suficientes para lhe dar um, ainda que falso, cunho documental. Descambou.
Assim, texto e imagem correlacionam-se por terem origem em ideias que achei brilhantes, mas que fracassaram ao ser concretizadas.
Para não parecer pretensioso não me atreverei a escrever que isto poderia ser uma metáfora da própria vida.
Da minha, pelo menos.

segunda-feira, julho 28, 2008

It's the Arts

TInha 12 anos quando pintei este quadro.
Um óleo sobre tela que tentava retratar, alegoricamente, a minha juvenil perspectiva do mundo.
Um hostil e intolerante mundo hipócrita esvoaçado por moscas da paz - uma natureza quase morta.
(no quadro eu apresento-me simbolizado pela toranja - a fome de saber e conhecer, a concupiscência... )

A minha professora de desenho e pintura atribuiu um "medíocre menos" a esta estupenda obra de arte!
Lançou-me um olhar zombeteiro quando me devolveu a tela, atirando-a com repulsa pró chão junto a meus pés.

Alegou, vagamente e sem grande ênfase, que as toranjas não são símbolo de coisa nenhuma senão delas próprias e que o ananás estava desproporcionado. Mas eu duvidei que fossem essas as verdadeiras razões que a tinham motivado a dar-me o "medíocre menos".
Frustrado por ver rejeitada a minha tendência hiper-neo-sincerorealista nas artes decorativas, passei-me para a corrente OP ART, então na moda, fazendo rascas imitações de Vasarely, pintor que me dava terríveis dores de cabeça, mas que me proporcionou salvar o ano escolar e entrar, no ano seguinte, para o liceu.

"We are all prostitutes", disse-me essa minha professora alguns anos mais tarde quando nos reencontrámos, por mero acaso, numa exposição temporária no Centro de Arte Moderna. Embaraçada, tentou desculpar-se e, sem assumir o erro, esforçou-se a limpar a mancha daquele "medíocre menos" que me atribuíra:
-Temos de ceder às conveniências e não fintar as expectativas dos outros. A irreverência não é lucrativa e ensombra-nos o futuro - disse-me ela com uma quase convincente sinceridade no olhar.


Estávamos parados defronte a "Romulus i Remus" do pintor polaco Franciszek Starowieyski e, durante desmesurados segundos, apeteceu-me retirar o quadro da parede e estoirá-lo na cabeça da gaja, transformando a pintura num alto-relevo.
As minhas duas rivais metades da consciência, sempre na expectativa de tumulto, discutiam se sim ou se não, se seria difícil retirar aquilo do prego na parede..., terá alarme?
terá só um prego? mesmo sem moldura...hum... será pesado para lho...


Ganhou a Arte e ganhou a minha metade que ganha sempre nestas situações.



quinta-feira, julho 24, 2008

A minha família
é mais disfuncional que a tua!

Uma família portuguesa

-oOo-


ORGIAS EM FAMÍLIA
"O meu filho fez sexo com os avós e o meu pai também abusou de mim"
Ana Oliveira acusa a sua irmã e os próprios pais de abusarem sexualmente do filho de 16 anos.
O rapaz confirma e exibe um filme pornográfico que, segundo ele,viam durante as sessões de sexo. " Os meus avós queriam que eu fizesse de diferentes posições e maneiras"


Mas a avó desmente tudo e conta outra história:



"Jovem, inocente e insaciável" só disponível em VHS.
Incompreensivelmente não foi reeditado em DVD.
Já procurei no Emule e nos Torrents e também não encontro.


quarta-feira, maio 07, 2008

Nobelizem-no, carago!


Na pátria onde todos enchem a barriga de Camões Eurico A. Cebolo é um escritor ignorado, marginalizado e ridicularizado pelos seus pares, porém não menos épico e profundo que o centenário bardo oficial do regime. A sua genial obra literária reflecte a sociedade portuguesa composta por um povo atrasado, mas tarado. Um nobre e lascivo povo que salta para a espinha de tudo o que respire..., ou não.

O Violador das Mortas
o amor de um cego por uma jovem desfigurada.
Um cemitério onde um necrófilo profanava os túmulos
para violar as mortas.


Um povo de gente que não olha a meios nem para o B.I. de ninguém quando se trata de saciar a sua fome de sexo.


A Prostituta Virgem
Natália foi difamada publicamente e o seu pai,acusado
pela morte do sogro, morre assassinado à sacholada.


Gente que, qual bulldozer, tudo arrasta à sua frente num tsunami de penetrações que, consequentemente, tudo destrói, todos traumatiza, todos escandaliza e boquiaberta. Um povo que nem os olhos das suas crianças tapa, poupando-as à ignomínia.

O Falo Perdido
Miguel e Damião amavam-se como irmãos
e cresceram juntos numa quinta
onde um criado os levou a práticas sexuais aberrantes.


Não! Isto aqui não é o país de Freud! As nossas caves são demasiado preciosas para serem ocupadas durante décadas com família ociosa e mal-agradecida, por muito abertas que sejam as suas pernas.
As nossas caves são garagens, são adega, são armazém de caixas de DVD, LCD e resmas de revistas Gina.

Incesto sem Pecado
Duas crianças, trocadas ao nascer, vivem no mesmo palacete
onde a rica ocupou a posição da pobre,
de quem passa a ser criada, enquanto a pobre
tomou o lugar da rica que odeia e maltrata.


Não! Em Portugal tudo tem de ser feito à luz do dia, às escâncaras, de preferência com alguém a ver para contar como foi, descrevendo minuciosamente os sumarentos feitos em debochada prosa.


Matavam as Freiras Grávidas
A irmã Teresa, a freira mais linda do Convento das Cristianaas
descobriu que ali havia um terrível mistério
.



Cada livro do genial Cebolo, capa e edição de autor, custa a módica quantia de 7.98 €, o mesmo preço de um "beijinho" dado por uma qualquer puta das muitas esquinas deste belo país e bem menos que uma volta ao mundo na inflacionada mata de Coina.

quarta-feira, abril 09, 2008

Surreal Politik


Hallo!
O meu nome é Adolfo e estou aqui na qualidade de professor de Coiffure e Ética Política para a minha primeira aula.
A política, como todos concordarão, é um assunto fascinante, ou, como se diz na minha língua mátria, é um assunto "Faszinieren".
(a similitude com a palavra "fascismus" é muito "interessieren")
Injustamente todos me associam a guerra, conflitos e rebaldaria. Tricas!
Se é certo que eu nunca desmenti que nunca tenha afirmado que "numa guerra morrem muitos bacanos, mas também morre muita merda de gente que não faz cá falta nenhuma" a realidade é que quem me impediu de seguir uma sensível e criativa carreira de cabeleireiro é que é o culpado das minhas posteriores opções e estratégias políticas.

Enfim... águas passadas.

A política rege-se pela seguinte regra de oiro: manipulação das massas.
Se tu, aquele, ou aqueloutro não forem parte constituinte de uma massa, dificilmente serão manipulados, logo há a premência de incluir-vos numa qualquer massa pois, caso contrário, sereis um estorvo civilizacional.
Sabe-se que 99% da humanidade é manipulável, assim, a tarefa da política é encontrar a forma mais eficiente e a mais subtil de o fazer.

(escuso-me, por pudor, a adjectivar e a apontar o dedo aos restantes 1%)

Actualmente existem 3 métodos eficientes de manipulação. Cada um desses métodos é utilizado isoladamente ou em conjugação com um, ou com os restantes dois.
São eles:


o dinheiro
o futebol
e a religião
Assim, há que estar atento a elementos da classe política que estão imiscuídos numa, em duas, ou mesmo nas 3 forças manipuladoras. Um político que também é dirigente desportivo, um político que vagueia pelos bancos e cadeiras da banca e seus derivados ou um político que está associado a qualquer forma de organização religiosa, é um politico que deve ser estimado e a quem deve ser reconhecido o devido valor, pois cumpre as suas funções manipuladoras com competência.
Se conheceis algum político que tem ligações simultaneamente ao mundo do dinheiro e ao do futebol, sendo também, publicamente, uma alma devota, então temos homem.

É um erro estúpido e infantil pensar que a religião está relacionada com espiritualidade, que o futebol é um mero desporto e que o dinheiro é uma forma de garantirmos conforto e bem-estar nos diversos momentos da vida.
Por esse motivo a minha próxima aula será sobre política e penteados.
Sim! Na minha próxima aula explicarei a força subjectiva e ao mesmo tempo manipuladora que um penteado tem. Ninguém é indiferente a um penteado ou à ausência dele. A prova é que, ao olharem inicialmente para a minha foto, mais do que a minha mão na anca, foi o meu penteado que chamou a vossa atenção.
Foi, ou não foi?
(Já agora, reparem também nos bonitos botões da minha camisa)



Concluindo: quem avaliar bem a índole destas questões da manipulação social, se analisar por que razão se é e se quiser ter consciência da forma como se é manipulado, ficará com os cabelos em pé.


(Já que tou com as mãos na massa aproveito para esclarecer que o meu cabelo não é falso, não é loiro e não é a tentar imitar o de alguma actriz de cinema. É muito meu, é, apesar do desgaste que o tempo provoca nos jpeg, de cor caju e não tem qualquer função dissimuladora.)

quinta-feira, abril 03, 2008

Robert Mugabe


Robert Gabriel Mugabe é o actual presidente do Zimbabué liderando o país desde 1980, primeiro como primeiro-ministro e desde 1986 como Presidente executivo. Nasceu no dia 21 de Fevereiro de 1924 na cidade de Kutama na Rodésia do Sul (actual Zimbabué) e pertencente à etnia shona.
Foi preso em 1964 devido às suas actividades politicas sendo libertado em 1974 altura em que parte para Moçambique onde lidera uma guerrilha que se opõe ao Governo de minoria branca de Ian Smith.
Em 1982 passa a liderar o país sozinho, rompendo a coligação de Unidade Nacional e pondo termo a uma ligação que imperava desde 1976 com a União do Povo Africano do Zimbabué.
Mesmo ao fim de 28 anos no poder poucos no seu círculo social e político conhecem o seu fétiche por roupa feminina. É comum encontrar-se num dos quartos privados da sua vivenda em Harare, pela noite dentro, afagando o seu corpo másculo, peludo e viril por baixo de roupa feminina de inquestionável bom gosto e importada da Europa. Certo dia foi surpreendido pelo sargento do seu batalhão de segurança privada frente aos espelhos do toucador, compondo as madeixas do seu postiço e apreciando a beleza do seu corpo em múltiplas perspectivas, enquanto cantarolava baixinho o "my heart will go on" do filme Titanique, imitando os trejeitos canoros de Celine Dion.
Robert Mugabe destaca-se também por governar o seu país com mão de ferro, restringindo as liberdades democráticas e impondo um sistema económico que tem levado o país à beira da ruína, nacionalizando várias indústrias ao mesmo tempo que expropriou várias terras dos seus proprietários originais e seguiu os seus planos de aumento de impostos e de controlo de preços alastrando, assim, o controlo do Estado sobre os diversos sectores da economia.
A sua cor preferida é o azul, gosta de missangas, livros de aventuras, floricultura e o seu prato preferido é frango assado à moda de Bullawayo. É muito supersticioso e afirma detestar pessoas invejosas e mal-humoradas.

sábado, março 15, 2008

os novos sete pecados mortais

Depois de estarmos há 1500 anos a praticar com sucesso e muito prazer a gula, a avareza, a preguiça, a raiva, a luxúria, a inveja e o orgulho, pecados mortais definidos como tal no séc. VI pelo Papa Gregório I, recentemente o papa Bento XVI deu à luz (salvo seja) a lista dos novos e modernos 7 pecados mortais.
Sim, 7. Não são 6 nem 8 nem 13. Muito menos 666.
São 7 para dar uma mãozinha à cabalística. Os gentios adoram números mágicos e, de todos, o 7 é o número mágico mais fixe.

[A propósito, para os chineses o número da sorte é o 8 e, pelas razões opostas, odeiam o número 4. Na China, o número 4 é o número do azar. A razão é porque a palavra que designa 4 em chinês ("si") é igualzinha à palavra "morte" ("si"). É fácil de compreender que essa homofonia tenha transformado um número insípido para nós (com a óbvia excepção para os swingers) num número infame para eles. O que terá motivado os seus ancestrais a não escolherem palavras diferentes para expressar conceitos diferentes anda há milhares de anos a intrigá-los.]

Voltando aos novos pecados mortais, são 7, como já se sabe, e são os seguintes:


1. poluição ambiental
2. manipulação genética
3. ser podre de rico e ostentá-lo com despudor

4. provocar a pobreza

5. consumo e tráfico de drogas
6. experiências moralmente discutíveis
7. violação de direitos fundamentais da natureza humana


Em devido tempo, penso abordá-los um a um para dar a minha opinião numa perspectiva enviesada com o intuito de desmotivar a prevaricar. Hoje começo com o segundo pecado mortal mais dificil de pôr em prática
- o primeiro é ser podre de rico e ostentá-lo com despudor -
mas aquele que é considerado, pelo topo da hierarquia católica, como o mais tramado deles todos:

a manipulação genética



Como vêem, a manipulação genética é, realmente, fodida! Valerá a pena ir penar uma eternidade no Inferno por causa disto?
Hem?
Claro que não!


É preciso não esquecer que a manipulação genética não é um pecadozito de merda. É mesmo um tremendo pecado mortal!

segunda-feira, fevereiro 04, 2008

Talvez você não saiba que:

Kinder Surpresa é um produto italiano original da mesma fábrica do famoso Ferrero Rocher.
Na Alemanha o Kinder Surpresa vende-se sob o nome KINDER ÜBERRASCHUNG!
KINDER ÜBERRASCHUNG, imagine-se!
Em Portugal, quem compraria algo para ingerir com um nome desses?
Um chocolate com aquele nome! Argh!
É que a palavra "surpresa" em alemão diz-se, não muito surpreendentemente, "ÜBERRASCHUNG".

Há línguas mais bonitas que outras e o alemão não é uma língua bonita.
Nem o holandês.

Pessoalmente gosto muito do hindi e do malaio.
O português é mediano. Nem feio nem bonito. Habituámo-nos. Diz quem não o compreende nem o sabe falar que o linguajar tuga usa e abusa dos sons baseados nos "sh".
O japonês é uma lingua bastante agradável.
É a minha opinião....
Chocolate em japonês diz-se chokore-to ou shokora.
Ovo diz-se...

...clicar no ovo ÜBERRASCHUNG desvenda uma surpresa.





quinta-feira, janeiro 31, 2008

O dom de Duarte Pio

Duarte Pio de Bragança é monarca sem coroa de um povo muito opinativo. Logo, ele também tem opiniões. E das boas!
Disse a finalizar uma interessante entrevista ao semanário Sol:



"Saramago escreve muito mal. Acho que os suecos que lhe deram o prémio nunca o leram ou então teve um tradutor muito bom para sueco porque aquilo em português é um desastre [risos]"

(de notar que ele se escuda atrás da palavra "acho". O típico opinativo tuga "acha" - embora absolutize o que diz, escusa-se a assumir o absoluto da verdade que desvenda.)

Duarte Pio à questão que o Sol lhe colocou - "gosta de Saramago como escritor?" poderia ter respondido evasivamente:

Saramago?
Não curto as suas ideias políticas;
ou
não gosto da cara dele;
ou
nunca apreciei a sua carreira sócio-profissional;
ou
as suas tendências iberistas são mais imorais que um desvio sexual;
ou
não usa um belo bigode como eu e como todos os lusitanos que se prezam;
ou
para equilibrar, eu deveria ter orgulho em todos os meus súbditos que se notabilizam no estrangeiro porque, como todos nós sabemos, os portugueses são uns grandes invejosos e quando algum deles se salienta e destaca perante os camones, a não ser que seja futebolista, logo todos os outros lhe saltam em cima, mas, sinceramente, a pose do Saramago enfada-me;
ou
o plebeu Saramago casou-se com uma espanhola e apenas os reis deveriam ter direito a casar com estrangeiras.

Mas não.
Duarte Pio de Bragança enfrentou mesmo a questão que lhe colocaram, levou-a à letra e respondeu em tom de epílogo que "Saramago escreve muito mal."
E acrescentou, informado e mui seguro, que "os suecos que lhe deram o prémio nunca o leram" ou então (uma alternativa ainda mais plausível) "o tradutor para sueco era muito bom".

Enquanto o comum dos mortais portugueses tem apenas uma explicação, Duarte Pio ofereceu logo duas fabulosas hipóteses explicativas para o fantástico mistério do único Nobel da sua língua materna.

Duarte Pio de Bragança errou na sua carreira profissional: em vez de insistir na falhada carreira de monarca deveria assumir e explorar o seu "Dom" de crítico literário.

Assim, não tem coroa nem tem cara.