quarta-feira, abril 09, 2008

Surreal Politik


Hallo!
O meu nome é Adolfo e estou aqui na qualidade de professor de Coiffure e Ética Política para a minha primeira aula.
A política, como todos concordarão, é um assunto fascinante, ou, como se diz na minha língua mátria, é um assunto "Faszinieren".
(a similitude com a palavra "fascismus" é muito "interessieren")
Injustamente todos me associam a guerra, conflitos e rebaldaria. Tricas!
Se é certo que eu nunca desmenti que nunca tenha afirmado que "numa guerra morrem muitos bacanos, mas também morre muita merda de gente que não faz cá falta nenhuma" a realidade é que quem me impediu de seguir uma sensível e criativa carreira de cabeleireiro é que é o culpado das minhas posteriores opções e estratégias políticas.

Enfim... águas passadas.

A política rege-se pela seguinte regra de oiro: manipulação das massas.
Se tu, aquele, ou aqueloutro não forem parte constituinte de uma massa, dificilmente serão manipulados, logo há a premência de incluir-vos numa qualquer massa pois, caso contrário, sereis um estorvo civilizacional.
Sabe-se que 99% da humanidade é manipulável, assim, a tarefa da política é encontrar a forma mais eficiente e a mais subtil de o fazer.

(escuso-me, por pudor, a adjectivar e a apontar o dedo aos restantes 1%)

Actualmente existem 3 métodos eficientes de manipulação. Cada um desses métodos é utilizado isoladamente ou em conjugação com um, ou com os restantes dois.
São eles:


o dinheiro
o futebol
e a religião
Assim, há que estar atento a elementos da classe política que estão imiscuídos numa, em duas, ou mesmo nas 3 forças manipuladoras. Um político que também é dirigente desportivo, um político que vagueia pelos bancos e cadeiras da banca e seus derivados ou um político que está associado a qualquer forma de organização religiosa, é um politico que deve ser estimado e a quem deve ser reconhecido o devido valor, pois cumpre as suas funções manipuladoras com competência.
Se conheceis algum político que tem ligações simultaneamente ao mundo do dinheiro e ao do futebol, sendo também, publicamente, uma alma devota, então temos homem.

É um erro estúpido e infantil pensar que a religião está relacionada com espiritualidade, que o futebol é um mero desporto e que o dinheiro é uma forma de garantirmos conforto e bem-estar nos diversos momentos da vida.
Por esse motivo a minha próxima aula será sobre política e penteados.
Sim! Na minha próxima aula explicarei a força subjectiva e ao mesmo tempo manipuladora que um penteado tem. Ninguém é indiferente a um penteado ou à ausência dele. A prova é que, ao olharem inicialmente para a minha foto, mais do que a minha mão na anca, foi o meu penteado que chamou a vossa atenção.
Foi, ou não foi?
(Já agora, reparem também nos bonitos botões da minha camisa)



Concluindo: quem avaliar bem a índole destas questões da manipulação social, se analisar por que razão se é e se quiser ter consciência da forma como se é manipulado, ficará com os cabelos em pé.


(Já que tou com as mãos na massa aproveito para esclarecer que o meu cabelo não é falso, não é loiro e não é a tentar imitar o de alguma actriz de cinema. É muito meu, é, apesar do desgaste que o tempo provoca nos jpeg, de cor caju e não tem qualquer função dissimuladora.)

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